Deshotmartize seus infoprodutos

O mercado de infoprodutos hoje parece o mercado financeiro de 2014.

Todo mundo investia pelos bancos. Não porque eram bons. Mas porque era o que tinha. O que todo mundo conhecia.

Os bancos cobravam taxas absurdas. Ofereciam produtos horríveis. Mas ninguém reclamava. Porque simplesmente não tinha nada melhor.

E para piorar, tinha a figura do gerente.

Aquele cara que empurrava produtos ruins, muitas vezes até investimentos tóxicos. Mas isso era detalhe. O que importava mesmo é que ele dava brinde. Uma camiseta. Um ingresso para o show. Camarote. Entrada para peça de teatro.

A conta fechava assim:

O banco cobrava taxas abusivas de você, pegava parte desse dinheiro, reinvestia em brindes, e você ficava feliz achando que estava fazendo um ótimo negócio.

Você estava pagando pelo próprio brinde. E muuuuuuuito caro.

O mercado de investimentos foi assim no Brasil até 2014, quando 2 players começaram a crescer.

Empiricus, Gustavo Cerbasi, André Bona e outros. Essa galera começou a ensinar o brasileiro a investir melhor. A abrir os olhos. "Investir em banco é ruim. Tem jeitos melhores. Corretoras independentes. Produtos melhores. Taxas menores. O gerente tem conflito de interesse"

XP liderou isso e outras vieram à reboque. Elas ofereciam produtos de várias casas de investimento diferente, não só do banco. Fundos melhores. CDBs melhores. Ações com corretagem mais barata. Do dia para a noite, o investidor conseguia acesso a produtos melhores.

A XP criou uma campanha genial: Desbancarize-se.

A mensagem deles era simples: "Eu te cobro muito menos que o banco. Você vai fazer muito mais dinheiro. E aí, com SEU dinheiro, você compra o ingresso do show. O camarote. O que você quiser. Você vai ter mais dinheiro no final das contas."

Fazia sentido demais.

Em vez de investir R$ 100, fazer R$ 110, e ganhar um brinde que custou R$ 5... era melhor investir R$ 100, fazer R$ 130, e comprar esse brinde você mesmo. E ainda sobra.

^{Tabela 1: Brindes gratuitos que saem caros}

A XP e outras corretoras explodiram. A Empiricus e os educadores porraram ensinando o pessoal.

Mas mais importante do que isso: o investidor começou a abrir o olho e fazer muito mais dinheiro.

E os bancos tiveram de se reinventar, porque a época de fazer dinheiro com produtos caros e ruins tinha acabado.

O mercado de infoprodutos está onde o mercado financeiro estava em 2015.

Sempre que eu falar "Hotmart", saiba que me refiro principalmente a empresas que dão hospedagem de curso de graça e ganham dinheiro com o checkout. Falo “Hotmart” para generalizar, mas também me refiro a Kiwify e Hubla.

Esses players se parecem com os bancos lá de 2014.

Cobram taxas altas em cima das transações. Entre 8,99% e 9,9% Sem contar que eles ficam com a antecipação de recebíveis.

Esse assunto é pouco falado, mas quando um aluno compra parcelado em 12x, a Hotmart antecipa esse valor cobra um percentual por cada parcela.

^{Tabela 2: Comparativo de taxas entre plataformas de infoprodutos}

No fim das contas, eles não levam 10% do valor pago pelo cliente. Eles levam muito mais.

As contas são complicadas, mas eu fiz um comparativo de quanto o cliente paga, quanto o infoprodutor recebe e quanto cada um dos 3 recebem num produto vendido a R$1.000 parcelado em 12 vezes.

^{Tabela 3: Comparativo de valores e percentuais entre plataformas}

Aqueles 9,9% que já não era barato se torna mais de 25% do que o cliente final paga em compras parceladas.

Mas tá tudo bem. Sabe por que?

Porque essas empresas te dão brindes.

Ingresso para evento, convite para podcast, viagem com tudo pago, plaquinha quando bate faturamento, grupo vip e por ai vai.

E todo mundo fica feliz da vida.

É igualzinho os investidores em 2014 com os bancos. Os bancos e as empresas de checkout nos cegam com os brindes e tiram o foco do que realmente importa: lucro.

Fiz um simulador de checkout para as pessoas verem as taxas verdadeiras. Clique aqui e veja.

O mundo de infoprodutos só fala em faturamento.

Abra o instagram e vai ser impactado por anúncios de pessoas falando "Eu faturei 10 milhões", "Eu bati 100 milhões", "fiz X dígitos"...

Pera aí.

Se você vende R$ 100 milhões e tem um custo de R$ 99 milhões, você tem R$ 1 milhão de lucro.

Não é melhor vender R$ 10 milhões, gastando R$ 5 milhões? Você faz R$ 5 milhões de lucro nesse caso.

Por que todo mundo quer ser o cara dos 100 milhões ao invés de ser o cara dos 10 milhões?

Porque todo mundo sofreu uma lavagem cerebral. Todos querem estar nas viagens, ganhar as plaquinhas, subir no palco do Fire.

Esses "brindes" massageiam o ego, mas tiram o foco do que realmente importa: lucro.

Mas se é o lucro que importa, porque não tem ninguém falando disso?

A resposta está nos incentivos.

Como a Hotmart faz dinheiro?

Ela faz dinheiro com um percentual do que você vende.

Então, para a Hotmart, é muito melhor você ser o cara que vende R$ 100 milhões e gasta R$ 99 milhões, do que o cara que vende R$ 10 milhões e gasta R$ 5 milhões.

Muito melhor.

Ela faz R$ 10 milhões de taxa. Ao invés de fazer R$ 1 milhão. (se for tudo à vista. Se for parcelado, precisamos olhar para o gráfico acima)

E o cliente?

Que se f#$!.

Essas empresas têm o microfone, têm os eventos, os palestrantes, os podcasts.

Elas controlam a narrativa.

"Fatura 10 milhões, ganha uma placa. Fatura 250 milhões, ganha um capacete."

A Hotmart sabe que isso não é o que importa pro cliente final.

O que importa é lucro.

Os infoprodutores querem independência financeira, querem ajudar os outros, querem construir um negócio saudável.

A Hotmart quer que você venda, venda, venda.

A gente falou de como a Hotmart fatura. Agora vamos olhar para uma linha de despesa: hospedagem de vídeos.

Eles cobram uma taxa fixa para hospedagem.

Mas o custo de vídeo não é fixo. É variável. Cada minuto assistindo significa mais custos.

É por isso que o Youtube te pergunta "você ainda está assistindo?". Porque você está gerando custo para o Youtube.

A Hotmart cobra um preço fixo. Hubla e Kiwify nem cobram.

É tipo um rodízio. Você paga uma vez e "come" o quanto quiser.

Se um aluno maratona todos os cursos, as Hotmarts perdem dinheiro. Mas como a grande maioria das pessoas que compram cursos não terminam, a conta fecha.

Agora eu te pergunto: você acha que os alunos assistam muitos videos?

Claro que não.

E a Hotmart, que está sempre otimizando para conversão de pagamento não mexem nem o mindinho para fazer os alunos assistirem os cursos.

Você percebe o conflito de interesse?

Os incentivos dessas empresas são perversos.

Eles querem que você venda o máximo possível. E querem que seus alunos assistam o mínimo possível.

Assim eles fazem a máxima receita. Com o mínimo de custo.

Isso não significa que eles são do mal. Longe disso. É simplesmente como a estrutura de incentivos foi construída.

Os incentivos ditam o comportamento.

A Hotmart vai fazer palestras no Fire Festival ensinando você a vender mais. Porque é assim que eles ganham dinheiro.

Mas cadê as palestras ensinando você a reter alunos? A fazer seus alunos concluírem o curso? A criar um negócio realmente saudável e lucrativo?

Não tem.

Eles não ganham dinheiro com a sua retenção. Eles ganham dinheiro com a sua venda.

E aqui entra o ponto mais delicado.

O que mais importa para você, produtor, é lucro. Não faturamento.

Mas a Hotmart não pode deixar que você perceba isso.

Porque no dia que você perceber, você vai perceber que a Hotmart é MUITO CARA. É quase um sócio.

Eu mostrei na tabela 3 que 9,9% de taxa de transação e mais 3,49% de antecipação por mês significa que mais de 25% do valor pago pelo cliente vai para a Hotmart.

A Hotmart é basicamente um sócio do seu negócio.

Para ter uma noção o que 25% da receita significa, olha a participação de alguns fundadores de empresas grandes.

^{Tabela 4: Participação aproximada de fundadores em suas empresas}

Deu para entender o impacto que é rachar 25% da sua receita com uma empresa?

Mas enquanto todo mundo ficar obcecado por faturamento, por bater meta, por ganhar placa, por subir no palco do Fire... ninguém vai olhar para o lucro.

E é exatamente isso que eles precisam.

Porque o dia que você olhar para o lucro, você acorda.

O infoprodutor está começando a acordar.

Principalmente com a Selic alta. Com custo de aquisição explodindo. Com Meta e Google ficando cada vez mais caros.

O infoprodutor está percebendo que está deixando dinheiro na mesa.

Muito dinheiro.

Porque enquanto o custo de tráfego sobe, a Hotmart continua levando os mesmos 25% da receita bruta. Não importa se você está lucrando ou não. Não importa se você está gastando 80% em tráfego. Eles vão levar a parte deles.

E aí a conta começa a não fechar mais.

Você vende R$ 100 mil. Gasta R$ 60 mil em tráfego. A Hotmart leva R$ 25 mil. Sobra R$ 15 mil.

Se você começar a reter os alunos, consegue diminuir o investimento em tráfego.

Se trocar o checkout, consegue aumentar quanto dinheiro sobra para você no fim.

As pessoas estão começando a fazer essa conta.

E é exatamente isso que aconteceu no mercado financeiro.

O investidor acordou quando percebeu que estava pagando taxas abusivas e perdendo dinheiro. Que o gerente estava empurrando produto ruim. Que existia jeito melhor de fazer as coisas.

Mas para essa mudança acontecer de verdade, foram necessárias aqueles dois fatores que eu falei anteriormente.

Educadores ensinando o mercado o que realmente importa.

Plataformas alternativas dando alternativa para o mercado usar produtos melhores.

Precisamos de educadores mostrando aos produtores para o que realmente importa. Essa newsletter é uma tentativa modesta de fazer isso

E também precisamos plataformas que permitam os criadores saírem das algemas das grandes players.

Plataformas que alinham os incentivos. Que ajudam você a construir um negócio de verdade. Que colocam o foco onde deveria estar: em reter aluno, fazer ele concluir o curso, construir comunidade, aumentar lucro.

Essa mudança está acontecendo agora.

A Scarf não quer ser só mais uma plataforma. A gente quer alinhar incentivos com o que importa: lucro, retenção, negócio saudável.

Como nossos incentivos são diferentes

Taxa fixa mensal. Não percentual sobre venda.

Para a gente, tanto faz se você vendeu R$ 10 mil ou R$ 10 milhões. O que importa? Que você fique. Que você cresça.

E você só fica se a gente entregar valor de verdade.

Por isso a gente te dá escolha

A gente integra com todos os checkouts brasileiros.

Você escolhe as melhores taxas para viabilizar seu negócio. A gente não ganha comissão em cima disso.

E entrega o melhor ecossistema de ensino

Cursos, comunidade, eventos, gamificação, automação, integração com WhatsApp.

Tudo para seus alunos ficarem, engajarem e concluírem.

Porque nosso incentivo não é te prender. É entregar tanto valor que você não quer sair.

Domínio próprio. Sua marca. Seu controle.

Você não quer ser "infoprodutor da Hotmart". Você quer ser você.

A mudança no mercado de infoprodutos está acontecendo agora.

Deshotmartize seus investimentos.